Angélico Vieira não resistiu aos ferimentos muito graves provocados pelo violento acidente que sofreu na madrugada do passado dia 25 de Junho, na A1, sentido Porto-Lisboa. O cantor e actor morreu aos 28 anos e deixou muitas saudades...
Angélico Vieira morreu no passado dia 28 de Junho em consequência de graves lesões provocadas por um acidente de viação ocorrido na auto-estrada A1, no sentido Porto-Lisboa, junto à saída para Estarreja. Angélico sofreu um traumatismo crânio-encefálico “muito grave”. O cantor e actor, que foi submetido a uma cirurgia depois do acidente, esteve ligado a um sistema de suporte de vida, que acabou por ser desligado três dias após o acidente, depois de os médicos terem declarado a sua morte cerebral.
Do mesmo sinistro resultou a morte de um passageiro do BMW conduzido por Angélico, uma ferida grave, ainda internada, e um ferido ligeiro. A notícia chocou os seus fãs e largas centenas de pessoas, entre familiares, amigos, colegas, fãs e curiosos, juntou-se no Cemitério de Vale Flores, Feijó, para o último adeus a Angélico Vieira.
Depois do acidente foi noticiado que Angélico estava a viajar sem cinto de segurança mas essa informação foi desmentida pelo comandante dos Bombeiros de Santa Maria da Feira, que esteve nas manobras de socorro do acidente e que garante que o actor e cantor viajava com o cinto de segurança posto. “O Angélico tinha cinto de segurança de certeza absoluta. Foi um bombeiro nosso que o cortou” disse.
Ídolo de uma geração
Sandro Milton Vieira Angélico nasceu a 31 de Dezembro de 1982 em Lisboa.
Trabalhava como modelo e estudava gestão de empresas quando, aos 21 anos, foi escolhido para representar o papel de David na série televisiva de sucesso “Morangos com Açúcar”. Ganhou notoriedade como vocalista da “boys band” D’Zrt. “Para mim tanto me faz”, o primeiro single da banda, foi dado a conhecer na televisão, mas não demorou muito tempo a saltar para os palcos do país. As personagens depressa desapareceram e os D’ZRT passaram da ficção para a realidade. O primeiro álbum saiu para as lojas em 2005 e esteve 33 semanas no top nacional de vendas, 22 das quais no primeiro lugar, valendo-lhes 16 discos de platina. Deram mais de 250 concertos até que decidiram que estava na altura de seguir sozinhos e dedicaram-se a novos trabalhos.
Em 2008, lançou o seu primeiro álbum a solo, “Angélico” que atingiu a marca dos dez mil discos vendidos.
Angélico também seguiu a carreira de actor. Começou com pequenas participações em novelas, como em “Doce Fugitiva”, em 2007. Seguiu-se depois “Feitiço de Amor” e já este ano entrou ainda em
“Espírito Indomável”.
No dia do acidente, Angélico ia apresentar em Oeiras um novo disco da sua carreira a solo. Já tinha datas de espectáculos marcadas para os próximos meses. O seu agente de espectáculos Mário Dimas revelou entretanto que “o disco não está totalmente acabado, não foi ainda masterizado e ele estava em negociações com a discográfica Farol Música, que lançou o disco de estreia em 2008”. Em comunicado, a discográfica afirma que “pretende respeitar o momento de luto que se está a viver e não irá adiantar quaisquer dados sobre este assunto. Todo o tipo de informações que possam vir a ser veiculadas, serão dadas a seu tempo e em total harmonia com a família”.
A Farol Música afirma o seu “pesar” pela morte do jovem artista e sublinha que “nesta hora de luto, a atenção da editora está voltada para o apoio à família e amigos do artista respeitando o difícil momento que se está a viver”.
De acordo com Mário Dimas, o álbum foi produzido pelo próprio Angélico, que andava a preparar as canções há quase um ano. Entre as canções existem duas que contam com a participação de Rita Guerra e de Boss AC.
Fonte:Mundo Português
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