segunda-feira, 4 de julho de 2011

Angélico: Ídolo de uma geração morre aos 28 anos

Angélico Vieira não resistiu aos ferimentos muito graves provocados pelo violento acidente que sofreu na madrugada do passado dia 25 de Junho, na A1, sentido Porto-Lisboa. O cantor e actor morreu aos 28 anos e deixou muitas saudades...

Angélico Vieira morreu no passado dia 28 de Junho em consequência de graves lesões provocadas por um acidente de viação ocorrido na auto-estrada A1, no sentido Porto-Lisboa, junto à saída para Estarreja. Angélico sofreu um traumatismo crânio-encefálico “muito grave”. O cantor e actor, que foi submetido a uma cirurgia depois do acidente, esteve ligado a um sistema de suporte de vida, que acabou por ser desligado três dias após o acidente, depois de os médicos terem declarado a sua morte cerebral.
Do mesmo sinistro resultou a morte de um passageiro do BMW conduzido por Angélico, uma ferida grave, ainda internada, e um ferido ligeiro. A notícia chocou os seus fãs e largas centenas de pessoas, entre familiares, amigos, colegas, fãs e curiosos, juntou-se no Cemitério de Vale Flores, Feijó, para o último adeus a Angélico Vieira.
Depois do acidente foi noticiado que Angélico estava a viajar sem cinto de segurança mas essa informação foi desmentida pelo comandante dos Bombeiros de Santa Maria da Feira, que esteve nas manobras de socorro do acidente e que garante que o actor e cantor viajava com o cinto de segurança posto. “O Angélico tinha cinto de segurança de certeza absoluta. Foi um bombeiro nosso que o cortou” disse.

Ídolo de uma geração

Sandro Milton Vieira Angélico nasceu a 31 de Dezembro de 1982 em Lisboa.
Trabalhava como modelo e estudava gestão de empresas quando, aos 21 anos, foi escolhido para representar o papel de David na série televisiva de sucesso “Morangos com Açúcar”. Ganhou notoriedade como vocalista da “boys band” D’Zrt. “Para mim tanto me faz”, o primeiro single da banda, foi dado a conhecer na televisão, mas não demorou muito tempo a saltar para os palcos do país. As personagens depressa desapareceram e os D’ZRT passaram da ficção para a realidade. O primeiro álbum saiu para as lojas em 2005 e esteve 33 semanas no top nacional de vendas, 22 das quais no primeiro lugar, valendo-lhes 16 discos de platina. Deram mais de 250 concertos até que decidiram que estava na altura de seguir sozinhos e dedicaram-se a novos trabalhos.
Em 2008, lançou o seu primeiro álbum a solo, “Angélico” que atingiu a marca dos dez mil discos vendidos.
Angélico também seguiu a carreira de actor. Começou com pequenas participações em novelas, como em “Doce Fugitiva”, em 2007. Seguiu-se depois “Feitiço de Amor” e já este ano entrou ainda em

“Espírito Indomável”.

No dia do acidente, Angélico ia apresentar em Oeiras um novo disco da sua carreira a solo. Já tinha datas de espectáculos marcadas para os próximos meses. O seu agente de espectáculos Mário Dimas revelou entretanto que “o disco não está totalmente acabado, não foi ainda masterizado e ele estava em negociações com a discográfica Farol Música, que lançou o disco de estreia em 2008”. Em comunicado, a discográfica afirma que “pretende respeitar o momento de luto que se está a viver e não irá adiantar quaisquer dados sobre este assunto. Todo o tipo de informações que possam vir a ser veiculadas, serão dadas a seu tempo e em total harmonia com a família”.
A Farol Música afirma o seu “pesar” pela morte do jovem artista e sublinha que “nesta hora de luto, a atenção da editora está voltada para o apoio à família e amigos do artista respeitando o difícil momento que se está a viver”.
De acordo com Mário Dimas, o álbum foi produzido pelo próprio Angélico, que andava a preparar as canções há quase um ano. Entre as canções existem duas que contam com a participação de Rita Guerra e de Boss AC.

Fonte:Mundo Português

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